25 anos no mercado do surfe não é pra qualquer um

Setor de Serigrafia da loja de Surf Maresias

Maresia marca genuinamente brasileira completa 25 no setor da moda inspirada nos esportes das ondas

Adriano Lima e Luis Feijó sócios da Surfwear Maresia

Em meados, de 1986, Adriano Costa Lima e Luis Henrique Feijó, o Maninho, resolveram fabricar calções de surfe para atender a demanda dos amigos mais próximos do esporte e criaram a marca Maresia, não imaginavam que aquilo que era um sonho se tornasse a realidade nas proporções que alcançou 25 anos depois e nem que o pequeno negócio se tornasse uma indústria sem similares no Brasil, com produtos espalhados por 5.500 pontos de venda no País e na Europa.

Aquilo que começou em um pequeno espaço, hoje se transformou em um parque industrial com área construída de 20.000m2, com 85% da produção de dez mil peças/dia automatizada e capaz de gerar 700 empregos diretos. O local escolhido para o empreendimento foi Fortaleza, cidade em que os dois sócios nasceram e foram criados. Sem dúvida, uma atitude audaciosa em se tratando de mercado de surfwear, até então concentrado no eixo Rio-São Paulo.

“O Nordeste tinha, até a década de 1980, um espaço quase que imperceptível no surfe brasileiro, tanto na revelação de um grande número de atletas, como ocorre atualmente, quanto e principalmente no desenvolvimento de uma indústria própria, capaz de gerar riquezas para a Região. Então, resolvemos investir no setor e, aos poucos, conquistamos nosso espaço em todo o mercado nacional e também em países da Europa”, ressalta Adriano Costa Lima.

O empresário lembra que, desde as primeiras peças produzidas quase que artesanalmente até o processo de industrialização da empresa, não se passou muito tempo. “Em 1988, deixamos de fazer as vendas quase que de boca em boca e passamos a adotar um canal mais amplo de venda: o da representação comercial, assim como optamos pela ampliação de sua linha de produtos, incluindo camisetas de malha. E já em 1994, estávamos com uma fábrica no bairro do Montese e atendendo também os consumidores do Sul e Sudeste”, conta.

Luis Henrique Feijó recorda ainda que, três anos depois, as instalações foram transferidas para o bairro da Parangaba, onde se encontra hoje e, pelas suas dimensões, se tornou um dos maiores parques industriais da capital cearense. “O nosso salto de crescimento veio no meio da década passada, com o início do processo de automação da cadeia de produção da fábrica. Esse investimento nos coloca, hoje, como os maiores produtores de peças de moda surfe do País, com linhas de produtos de confecção, calçados e acessórios”, enfatiza o empresário.

Por: Roberto Pierantoni