Morre Elizabeth Pereira, a musa do bodyboard brasileiro

Musa do bodyboard morre aos 36 anos após lutar contra tumor na cabeça por três anos.

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Elizabeth Pereira, musa do bodyboard brasileiro, morreu nesta sexta-feira (26) após três anos lutando contra um tumor na cabeça. A bodyboarder de 36 anos, conhecida como Bete, foi diagnosticada com um tumor em 2009 e desde então realizava exames regularmente.

Elizabete Pereira

 

Bete morava no Havaí e descobriu seu problema de saúde após desmaiar enquanto dirigia um carro, ainda em 2009. A atleta acordou sem lembrar o que havia acontecido e, após exames, foi diagnosticada com um tumor de aproximadamente 4 centímetros na cabeça.

 

Ela foi operada e preferiu tratamentos alternativos à quimioterapia. Bete voltou a surfar em 2011, tentando retornar às competições enquanto continuava realizando exames com frequência.

Elizabeth foi durante muito tempo a musa do bodyboard. Ativa, participava de campeonatos, dava clínicas do esporte e tentava organizar competições no litoral sul de São Paulo. Em 2008 decidiu passar um tempo no Havaí, onde nunca mais saiu. Fazendo bicos de faxineira, conseguiu juntar dinheiro para sobreviver no estado norte-americano.

No ano seguinte, uma tragédia que mudaria completamente sua vida. Bete, como muitos a chamavam, dormiu no volante no meio da estrada. Ao ser levada para o hospital o diagnóstico não foi nada animador. A atleta tinha um tumor benigno de 4cm no cérebro.

“Acho que o Havaí me salvou. Se morasse no Brasil, não sei se teria me preocupado em saber qual era o meu problema”, disse na época.

Na mesa operatória, o risco de vida era tão alto que o tumor não foi retirado por completo – apenas 60% dele. Em vez de realizar sessões de quimioterapia, optou por tratamentos alternativos para controlar a doença.

“Eu podia morrer na cirurgia ou então ficar paralisada, caso uma veia fosse atingida. Retiram 60% do tumor. Depois, uma médica, pensando no meu bem, claro, disse que eu ia morrer se não fizesse radiação. Controlo com medicina chinesa, homeopatia e dieta. Fiz o último exame em setembro. Está tudo ótimo, mas tenho que controlar isso pelo resto da vida”, explicou na época.

Antes do acontecimento, Elizabeth tinha medo do mar, principalmente dos tubarões. Quando voltou à água, encarou logo as ondas de Pipeline. Sentiu que estava no seu habitat natural.

“Deitada na cama do hospital, quando vi todo mundo com cara de choro, jurei que, se tivesse uma chance de viver de novo, levaria uma vida muito melhor. Quero ajudar quem passa pelo mesmo problema. Voltar a fazer um trabalho social, mostrar que é possível se curar”, afirmou na época.