Filipe Toledo investe suporte multiprofissional para melhora de rendimento no Circuito Mundial de Surf

Filipe Toledo investe suporte multiprofissional para
melhora de rendimento no Circuito Mundial de Surf

Com o surf se tornando cada vez mais profissional e competitivo, acima de tudo, ser um destaque no Circuito Mundial exige dos competidores muito mais do que só o talento. Junto à radicalidade, timing nas manobras e ousadia para enfrentar todos os tipos de ondas, os surfistas precisam se “armar” para trilhar o caminho do título. E nessa trajetória, o condicionamento físico e a preocupação com a saúde são levados muito a sério.

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O paulista Filipe Toledo e seu staff sabem que a evolução tem de ser constante e investem na retaguarda em sua preparação para potencializar o seu rendimento. O mais novo passo foi dado em sua passagem pelo Brasil. Ele passou por uma série de testes físicos e bioquímicos para uma avaliação completa de saúde e física, realizados pelo Instituto Vita em conjunto com a Personal Boards e a Personal Lab.

Houve a análise sanguínea, para dosar indicadores nutricionais e saber o que o atleta necessita em seu metabolismo, indicadores bioquímicos associados ao estresse metabólico, e testes funcionais de força, de potência, de agilidade e de aptidão cardiorrespiratória, totalmente adaptados e específicos ao surf, inclusive, com o uso de sua prancha de competição em avaliações na piscina.

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O trabalho é coordenado pelo médico do esporte e doutor em Nutrição Humana (USP), Franz Burini, que nos últimos cinco anos realiza um trabalho de suporte metabólico a atletas de rendimento e desde 2013 se dedica, em especial, ao surf, além de alguns atletas de luta. “O nosso cuidado é sempre olhar o que o atleta tem de saúde e de que maneira a gente consegue melhorar essa saúde, e não focar na doença”, destaca o médico, que esteve vinculado ao Comitê Olímpico Brasileiro até o ciclo olímpico de Londres.

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“Primeiro verificamos se tem alguma situação clínica, passível de melhora. E depois de avaliarmos a pessoa, progredimos para avaliá-lo como atleta. Saber com exatidão, o que precisa focar no trabalho na próxima periodização. Se vai concentrar no condicionamento aeróbico, força, flexibilidade, potência; qual variável deve ser otimizada neste momento, já projetando para as próximas etapas do circuito mundial”, conta o médico, que realizou os testes com apoio dos preparadores físicos Daniel Uesugi e Eduardo Takeuchi, da Personal Boards.

Com os resultados completos, é possível direcionar o quanto e como Filipe deverá treinar. “Uma estratégia de treinos e performance dele”, complementa o doutor Franz Burini, que hoje atende 21 atletas de ponta e já trabalha com outros destaques do surf brasileiro, como Wiggolly Dantas, companheiro de Filipinho no WCT, Willian Cardoso, Jessé Mendes, Ian Gouveia, Victor Bernardo, Alejo Muniz, Lucas Silveira e outros expoentes do surf.

“Somos uma equipe. Há um trabalho grande, completo e o projeto contempla estarmos nas principais etapas do QS e do CT, com nossos profissionais dando suporte médico, nutricional, fisioterápico e de treinamento para os surfistas. Já foi assim na temporada havaiana e agora em Trestles”, completa o médico, que ofereceu a Filipe Toledo esse suporte durante o ano.

RITMO – Filipinho destacou que o novo suporte é uma contribuição importante para a melhora de seu desempenho. “Venho investindo muito na preparação física e também psicológica e os resultados estão aparecendo Espero seguir nesse ritmo”, afirmou o mais jovem surfista da elite mundial, com 20 anos, que é treinado pelo pai, Ricardo Toledo, bicampeão brasileiro em 1991 e 95 (ano que Filipinho nasceu).

“A parte física é fundamental para um atleta que almeja crescer, brigar pelo título mundial. É preciso estar bem preparado, pronto para todos os tipos de ondas e condições”, complementou Ricardinho, também manager da carreira do filho.

Filipinho disputa a quarta etapa do World Surf League Championship Tour 2015, entre os dias 11 a 22 na Praia da Barra, no Rio de Janeiro. Ele chega à Cidade Maravilhosa em terceiro lugar no ranking e vindo de vitória no QS 10.000 em Lowers, Trestles, na Califórnia/EUA. Começou a temporada muito bem, com a vitória na abertura do WCT, em Gold Coast e na sequência garantiu o quinto lugar em Bells Beach e o 25º em Margaret River, todas na Austrália.

Por: Fábio Maradei