Billabong Pipe Masters – Joel Parkinson é campeão mundial de Surf 2012

 Joel Parkinson conquista o título mundial de surf  2012 e também vence Billabong Pipeline Masters.

Joel Parkinson conquista seu primeiro título mundial de surf

Joel Parkinson conquista seu primeiro título mundial de surf

 

Confira as fotos

Após o australiano Joel Parkinson bater na trave por quatro vezes, conquistando os vice-campeonatos de 2001, 2004, 2009 e 2011, Parkinson conseguiu se firmar como campeão mundial. A confirmação do título veio nesta sexta-feira, ainda na semifinal do Pipe Masters, última etapa do circuito mundial de surf 2012. O australiano levou o caneco ao se classificar para a final e ver o norte-americano Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial, ser eliminado na semifinal e ficar impossibilitado de alcançar Parkinson.

Joel Parkinson travou durante a temporada uma competição com Slater e o também australiano Mick Fanning, bicampeão mundial, pelo título de 2012. No entanto, a eliminação de Fanning na estreia do Pipe Masters deixou apenas Parkinson e Slater com chances de título.

 

Joel Parkinson conquista título mundial

Joel Parkinson conquista título mundial e também vence Billabong Pipeline Masters. FotoSurf: © ASP / Kirstin.

 

Após somar o título de 2012 aos vice-campeonatos de 2001, 2004, 2009 e 2011, Parkinson encerrou a temporada com chave de ouro vencendo também o Billabong Pipe Master.

“Eu estou feliz por ele. Parko tem sido tão perto antes e ele é apenas como um surfista incrível “, disse Slater. “Ele  faz parecer tão fácil. Ele é ultra suave, ganha quando precisa. Estou muito feliz por ele. ” completou Slater.

Campeão Mundial, Joel Parkinson. Foto: Ellis

Campeão Mundial, Joel Parkinson. Foto: Ellis

 

“Este é o lugar onde eu queria estar no final do ano”, vibrou Parkinson, no pódio. “Trabalhei por isso durante toda a minha vida e nem consigo descrever o que estou sentindo agora. Eu tive vários vice-campeonatos, vivi bons e maus momentos, fui ao inferno e voltei. Eu amo o Havaí, estou muito feliz por botar a Austrália no topo do mundo de novo e quero agradecer a todos que me apoiaram”.

Após festejar o título mundial, Joel Parkinson voltou ao mar para derrotar o compatriota Josh Kerr na final, coroando a conquista com vitória no Billabong Pipe Masters em memória a Andy Irons. Mesmo vencendo só uma etapa no ano, o australiano fez uma das temporadas mais impressionantes da história do ASP World Tour, apresentando um índice de 73,4% de aproveitamento dos pontos nos oito resultados computados no ranking.

RESULTADOS NO ASP WCT 2012:

5.o lugar no Quiksilver Pro Gold Coast
3.o lugar no Rip Curl Pro Bells Beach
2.o lugar no Billabong Rio Pro no Brasil
9.o lugar no Volcom Fiji Pro
2.o lugar no Billabong Pro Tahiti
2.o lugar no Hurley Pro Trestles
3.o lugar no Quiksilver Pro France
3.o lugar no Rip Curl Pro Portugal
5.o lugar no O´Neill Coldwater Classic

Campeão do Billabong Pipe Masters

Kelly Slater chegou a assumir a ponta do ranking na sexta-feira, quando derrotou o brasileiro Miguel Pupo na última repescagem para as quartas de final, com um novo e definitivo recorde de 19,27 pontos. Nas quartas de final, tirou sua primeira nota 10 no campeonato para superar por pouco o havaiano Shane Dorian com o segundo maior placar do Billabong Pipe Masters, 18,73 a 18,20 pontos. Porém, na semifinal não achou nada de ondas e Josh Kerr levou a melhor porque começou bem com um tubaço no Backdoor que valeu nota 9,20.

Kelly Slater

Kelly Slater (Foto: Kelly Cestari / ASP Images)

“Veio tudo de uma vez só, título mundial, Pipe Master, é surreal isso”, continuou Parkinson. “Achei que ia ser aquela pressão toda como anos atrás. Eu sabia que não tinha nada que eu pudesse fazer. Eu tinha que fazer a minha parte e ele (Slater) a parte dele, que tinha a bateria com o local do pico, Shane Dorian, e eu sabia que o (Josh) Kerr era um perigo para ele. Quando o Kerr pegou aquele tubo no início, senti um negócio como se fosse vomitar e não consegui controlar minhas emoções naqueles momentos finais. Foi tudo muito louco”.

Apesar da derrota na semifinal e de não conseguir o 12.o título mundial em 2012, Slater foi reflexivo e gracioso em honrar Joel Parkinson no palco, para a multidão que lotou Pipeline na sexta-feira.

“Eu perdi a etapa do Brasil porque tive um corte no meu calcanhar e não conseguia realmente surfar”, lembrou Kelly Slater, sobre sua ausência no Billabong Rio Pro. “Pensei apenas em descansar e ficar focado nas próximas etapas. Venci em Fiji, mas o pior foi em Teahupoo. Eu fiz dois ou três erros consecutivos contra o Ricardo (dos Santos), que tirou um 9,8 nos últimos segundos para me vencer. Depois ganhei em Trestles e na França, mas tudo começou a desmoronar em Portugal, onde não fui bem e nem em Santa Cruz (EUA). Por alguma razão, foi tudo na direção do Parko. Ele está no circuito por 10, 11 anos, sempre na caça do título mundial desde o começo, é um surfista incrível, um cara que faz tudo parecer fácil, então parabéns a ele pelo título”.

BRASILEIROS – Os brasileiros não conseguiram aproveitar as duas chances de classificação para as quartas de final e terminaram em nono lugar no Billabong Pipe Masters. Eles até surfaram bons tubos no último dia, mas Gabriel Medina perdeu por pouco para o australiano Yadin Nicol no placar encerrado em 13 a 12 pontos, enquanto Miguel Pupo não teve qualquer chance contra um inspirado Kelly Slater, que surfou dois tubos incríveis para fazer o recorde de pontos neste ano no templo sagrado do esporte na ilha de Oahu.

Com o encerramento da temporada 2012, cinco brasileiros se classificaram para o WCT do ano que vem. Como Gabriel Medina não conseguiu passar para as quartas de final em Pipeline, Adriano de Souza permaneceu no seleto grupo dos top-5 da ASP e ele em sétimo lugar. O também paulista Miguel Pupo foi o 17.o e o catarinense Alejo Muniz o 18.o no ranking que garantia até o 22.o colocado na divisão de elite do ASP Tour. A novidade no time verde-amarelo é o jovem ubatubense Filipe Toledo, que foi um dos dez indicados pelo ranking unificado.

O carioca Raoni Monteiro também continua no WCT, pois recebeu um dos dois wildcards (convites) que a ASP reserva para os atletas que se contundiram na temporada completarem os top-34 do ASP Tour. O cearense Heitor Alves e o potiguar Jadson André não conseguiram confirmar suas permanências em nenhuma das duas listas classificatórias e saíram da elite. Já o catarinense Willian Cardoso terminou pelo segundo ano consecutivo como segundo “alternate” para substituir alguma ausência nas etapas. O primeiro é o norte-americano Patrick Gudauskas.